terça-feira, 13 de agosto de 2013

Sacrifícios...


Por Diogo Camilo

Um tipo de sacrifício há, que é chamado de sacrifício propiciatório ou misericordioso, isto é, um sacrifício tal que pacifica a ira e a indignação de Deus, e obtém misericórdia e perdão para os nossos pecados. E embora no Antigo Testamento houvesse certos sacrifícios com esse nome, contudo há apenas UM desses sacrifícios pelos quais nossos pecados são perdoados, e a misericórdia e o favor de Deus obtidos, o qual é a morte do Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo; nem jamais houve outro sacrifício propiciatório em qualquer tempo, nem jamais haverá. É esta a honra e a glória desse nosso Sumo Sacerdote, no qual ele não admite nem parceiro nem sucessor....
Outro tipo de sacrifício há que, embora não reconcilie com Deus, é feito por aqueles que são reconciliados por Cristo, a fim de testificar de nossos deveres para com Deus e mostra-nos agradecidos a Ele. Esses, portanto, são chamados sacrifícios de louvor, adoração e ações de graças.
O primeiro tipo de sacrifício Cristo ofereceu a Deus por nós; o segundo tipo nós mesmos oferecemos a Deus por Cristo.

A singularidade sacrifício de Cristo não significa, pois, que não temos sacrifícios a oferecer, mas somente que a natureza deles e o seu propósito são diferentes. Não são materiais, mas espirituais, e seu objetivo não é propiciatório, mas eucarístico, a expressão de uma gratidão responsiva.
Que sacrifícios espirituais, portanto, o povo de Deus com “ Sacerdócio santo” oferece a Ele? A Escritura menciona oito.
Primeiro, devemos apresentar-lhe os nossos corpos como sacrifício, como sacrifício vivo. Isso parece uma oferta material, mas é chamado de nosso culto espiritual ( Romanos 12.1), presumivelmente porque agrada a Deus somente se expressar a adoração que procede do coração. Segundo, oferecemos a Deus o nosso Louvor, adoração e ações de graça “frutos de lábios que confessam o Seu nome”. Nosso terceiro sacrifício é a oração, a qual se diz que sobe a Deus como fragrante incenso. Nosso quarto sacrifício um coração compungido e contrito, o qual Deus aceita e jamais despreza. Quinto, a fé é chamada de “sacrifício e culto”. Também o são em sexto lugar, as nossas dádivas e boas obras, sacrifícios dos quais Deus se agrada. O sétimo sacrifício é a nossa vida derramada como uma libação no culto de Deus até a morte, enquanto o oitavo é a oferta especial do evangelista cuja pregação do evangelho é chamada de “ dever sacerdotal” porque ele é capaz de apresentar os seus convertidos como “uma oferta agradável a Deus”.

A Ele,

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Onde está o limite de Deus


Por José Barbosa Junior

Antes de qualquer outra palavra faço uma afirmativa categórica: creio na soberania de Deus e que Ele é Todo-Poderoso.

Digo isso para que não retirem texto do contexto… e afirmem o contrário depois. Conheço bem a inquisição evangélica e sei do que ela é capaz.

Mas quero conversar um pouco nesse texto sobre um tema que tem sido cansadamente debatido nas redes sociais, em especial no twitter, com acusações das mais diversas e que saíram da linha da discussão de ideias para infelizes e destemperados ataques pessoais. Quero falar sobre os limites de Deus. Deus se limitou? É verdade que Deus abriu mão de sua soberania em nome de Seu amor? Afirmar que sim é trazer contra si todo a artilharia calvinista, que tem como carro-chefe de sua teologia a “Soberania” de Deus! Só que essa teologia calvinista também está baseada num Deus limitado.

Se por um lado, o livre-arbítrio está baseado num Deus que se limita por seu amor, do lado calvinista temos um Deus que se limita por causa do seu “decreto”. Ou seja, de um lado ou de outro temos um Deus que decide limitar o seu Todo-Poder por uma decisão: seja a de amar, seja a de decretar.

Como assim?

Para não dizer que quem pensa contrário à “soberania calvinista” gosta de filosofia e outras ciências, quero me ater, pura e simplesmente às Escrituras Sagradas. E interpretá-las da forma mais simples que um texto pode ser interpretado, daquela forma que o mais simples e o mais culto interpretariam.

É notório, desde o Antigo Testamento, que Deus tinha um propósito em mente: TODAS as famílias da terra abençoadas (ou há uma interpretação exclusivista para o texto de Gênesis 12.3?). Sim, não há como fugir de um Deus, durante toda a história, querendo se revelar a TODOS os povos, a TODAS as gentes…

Mas a coisa piora no Novo Testamento, quando Paulo afirma claramente em sua primeira carta a Timóteo: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual DESEJA que TODOS OS HOMENS sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2.3-4)

Opa!!! Como assim??? Então temos um Deus que deseja que TODOS sejam salvos, que quer abençoar TODAS as famílias da Terra, e é Todo-Poderoso? É claro que surge a pergunta: E por que isso não acontece? A resposta calvinista é, queiram ou não admitir: “porque ele se LIMITOU pelo seu próprio decreto!” E chamam isso de expiação limitada. Sim… o Deus calvinista também é um Deus limitado! Por mais que QUEIRA salvar a todos, por mais que tenha TODO O PODER para tal, em sua “soberania” decidiu abrir mão de salvar a todos (o que poderia fazer, já que é Todo-Poderoso) por causa do seu decreto.

Entenderam como toda essa discussão, na verdade, é só pra ver qual “limite de Deus” aceitamos?

O Deus calvinista não salva quem ele QUERIA salvar porque se viu refém do seu decreto. Logo, sua soberana vontade cai diante daquilo que é maior: o seu decreto!

O Deus do livre-arbítrio não salva a todos quanto gostaria de salvar porque decidiu se relacionar por amor, e correr o risco de, amando, não ter esse amor correspondido. Se viu refém do seu amor!

Estamos diante de um Deus limitado, meus queridos, por sua própria vontade. Um Deus que abre mão de seu Todo-Poder, ou por decreto, ou por amor…

Só há um problema…

Em parte alguma das Escrituras (e retorno a elas para terminar, sem filosofia) encontro a afirmativa de que Deus é decreto… mas, soberanamente, encontro a maravilhosa exclamação sobre Deus: “Aquele que não ama, não conhece a Deus, porque DEUS É AMOR!” (1 João 4.8)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Louvor.



Por Ariovaldo Ramos,


E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. Col 3.17

Ele trabalhava na prefeitura, o serviço era braçal, pesado mesmo. Todos se admiravam de sua presteza e tranquilidade. E era um camarada com quem se podia contar.

Havia algo curioso em relação a ele. No final do expediente, ele não ia, imediatamente, para o caminhão. Os demais não esperavam a hora! Cumprido o horário, limpavam as ferramentas, acomodavam-nas no lugar determinado e, sem demora, subiam para o transporte.

Ele não! Apoiava o queixo no cabo da enxada e ficava a olhar para a valeta que havia cavado. Era engraçado, porque o suor parecia não combinar com aquele momento de contemplação.

Todos os respeitavam muito, sabiam de sua fé,  ele era sempre pacificador, não se ouvia dele nenhum gracejo desrespeitoso, embora ele fosse só alegria,  não se perdia em murmurações, embora tivesse um aguçado senso de justiça. Mas, tinha aquele momento.

Um dia, a curiosidade venceu! Os colegas, tão logo ele subiu no caminhão, o interpelaram:  - Escuta, a gente não vê a hora de dar a hora, pra gente subir no caminhão... você, não! Tá certo que não toma tanto tempo assim! Mas o que você fica pensando, olhando para a valeta, com o queixo apoiado no cabo da enxada?

Calmo, e com o sorriso, que o caracterizava, ele respondeu: - Eu não fico pensando, pura e simplesmente, eu fico falando com Jesus.

E o que você fica falando com o Jesus? Insistiram os colegas.

Eu falo assim para ele: - Senhor Jesus, o Senhor está vendo essa valeta? Pode ter igual, mas, melhor não tem não. Porque eu fiz esse trabalho para o Senhor, como um presente. É porque eu sei que se o Senhor não tivesse abandonado a sua glória, a vida seria impossível, a  minha, a de todos, e de tudo. Então, é minha homenagem ao Senhor, e minha forma de agradecer ao Pai, por ter enviado o Senhor. Amanhã, quando os meninos vierem passar os canos e virem que essa valeta está perfeita, e disserem isso, toma isso como um elogio para o Senhor. Porque eu sei de quem sou, a quem tudo devo, e a quem sirvo.

Tendo dito isto, ele voltou-se para os colegas e, estes, de cabeça inclinada, continuaram em silêncio. Eles sabiam da qualidade de tudo o que ele fazia, e já desconfiavam que só uma inspiração superior explicava tanto empenho.

Falling Plates - Legendado



Recebi este vídeo de um amado irmão por e-mail, ele não sabia que ia me deixar de olhos inchados e úmidos pelo choro..





Arrebatadora graça...

#Rendido

"Tal maneira"




"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
(João 3:16)



Por: Diogo Camilo

“Tal maneira”, só sei que é estranho, desumano, é difícil de mais entrar na minha cabeça tudo isso, é inimaginável. Torna-se difícil porque é incapaz da racionalidade humana poder mensurar tamanha beleza e grandeza, não é para entender mesmo, mais sou teimoso, e como sou. Pois é, convido para se apresentar a bancada na tentativa de clarear uma explicação.. com vocês o apóstolo João, apóstolo que andou mais próximo do Deus/homem Jesus, o Deus encarnado que andou nesta terra, bom, ele andou com Jesus, comeu com Jesus, passou frio, calor e dores nas pernas pelas andanças com Jesus, sim ele é conhecido como o apóstolo do amor e da verdade, o homem perfeito para nos ajudar, e definiu que o Deus que estava ali ao seu lado, pertinho, amou este mundo de “tal” maneira que deu seu filho para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna, sem perecer, para sempre.  Certo, “Tal maneira”, foi a palavra usada, Deus amou de tal maneira, o apostolo do amor, o apostolo conhecido como o apostolo mais amável e que mais se assemelhou ao amor não conseguiu definir o amor de Deus, não encontrou verbo, substantivo ou gramática qualquer para defini-lo, se existe alguém pronto para definir amor só pode ser aquele que andou com o amor encarnado, esse é João, mas amou de” tal maneira” foi tudo que ele conseguiu dizer.

O amor de Deus experimentado de perto por João era muito, infinitamente, eternamente mais glorioso do que qualquer racionalidade humana pudesse descreve-lo,  Deus Amou de tal maneira e é isso!!! Não sei se você consegue compreender a dimensão disto, mais se existia alguém nesta terra no tempo de Jesus mais preparado que pudesse definir AMOR, este alguém era João, mais este não encontrou palavras para descrever. E quem sou eu, e quem é você para poder descrever? Uma vez ouvi um pregador muito querido dizer que amor não se entende, não se compreende, amor se aceita e se recebe. Se formos tentar entender o Amor de Deus por nós perderemos um tempo desnecessário e não estaremos desfrutando dEle, é difícil entrar na minha cabeça, mais é fácil muito fácil entrar no meu coração se eu O permitir.

E quais são os traços deste amor capaz de deixar sem palavras aquele que mais entendia deste assunto?
Nada nos pode separar do amor de Deus. A Bíblia diz em Romanos 8:38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”

O amor de Deus é um amor de sacrifício. A Bíblia diz em João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
O amor de Deus dura para sempre. A Bíblia diz em Salmos 136:1 “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre.”

Como a Bíblia descreve o amor? A Bíblia diz em 1 Coríntios 13:4-7 “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” 

Deus o criador supremo do Universo, santo, justo, Aquele que tem a autoridade máxima, Aquele que vive de eternidade em eternidade por que nem o tempo é capaz de conte-lo ou retê-lo, Aquele que tem e é o caráter mais elevado existente, O ser mais sublime existente que sustenta o universo em suas próprias mãos nos amou. Amou a mim e a você, pecadores, afrontadores, mentirosos, egocêntricos, sujos, limitados, nos amou de “tal maneira” ao ponto de descer de seu trono de glória e louvor e vir a este mundo caído e destruído em forma de um bebê, dependente de uma virgem, sua própria criação, submeter a todas as limitações que um homem pode ter, Ele viveu no meio dos homens, cheirou o cheiro dos homens, sofreu o pior dos abandonos e morreu a pior das mortes, por amor, E porque ?? Ora, Ele nos amou de “tal maneira”. Depois de meditar nestas palavras de joão 3:16 começei a adotar uma nova postura diante do amor de Deus. Deus amou o mundo, e deu-se para não perecermos e assim recebermos uma vida abundante, linda, limpa e eterna, com Ele, ningém pode nos separar deste amor Ele nos ama e escolheu.

O amor de Deus é muito mais que um sentimento, O Amor de Deus é uma ação. Uma ação voluntária onde Ele mesmo se doou em favor de nós, sem pedir nada em troca, sem buscar recompensas. O amor de Deus não exige troca de favores, ele se entregou, entregou seu corpo voluntariamente, então não preciso comprar ou pagar é de graça pela graça, por Ele.

Ele amou e ama você de tal maneira, não tente compreender, desfrute da doce e graciosa presença de seu Amado Criador... Corresponda o Amor.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cultive essa Amizade



Por Ariovaldo Ramos,




Jo 20.1-18

Você já esteve numa situação em que não consegue entender o que está acontecendo, e tudo à volta não faz sentido?

Penso que era assim que Maria estava se sentindo. Ela fora embalsamar o corpo de Jesus e encontrou o túmulo vazio, concluiu que o haviam roubado, pois, nada mais fazia-lhe sentido.

Você já esteve numa situação em que não consegue enxergar nada e, depois que a coisa passa, percebe que tudo estava na “cara”?

Dois anjos apareceram para Maria e, depois, o Senhor, e ela não os reconheceu. Ela fora buscar um corpo a ser embalsamado, não estava pronta para encontrar um Deus para ser adorado. Foi derrotada por sua expectativa.

Acho que é assim, a gente fica tão preso na crise que não consegue ver nada que a contradiga; e pode, a exemplo de Maria, vir a chorar diante de algo que nos devia fazer vibrar. Ela não viu a ressurreição por pensar que a morte era a última palavra.

Salvou-a o fato de Jesus (que ela pensava ser o jardineiro) tê-la chamado pelo nome, pois, ao invés de se espantar que um desconhecido soubesse seu nome (o que seria lógico),  reconheceu o Mestre. Certamente, não por ouvir seu nome, mas, pela forma como fora dito, só Jesus o pronunciava daquela forma. Sua comunhão com Jesus a salvou de ser derrotada pela aparente crise.

Só a comunhão com Cristo pode levar-nos a reconhecê-lo em meio a crise; e só o Senhor  pode conduzir-nos para além do limite que equivocadas expectativas impõem, e salvar-nos de sermos derrotados pela crise.

Cultive essa amizade com o Cristo, ela o fará ver tudo a partir da ressurreição.


Amados, a ressurreição de Cristo é muito mais do que uma vitória sobre a morte, é um convite para a comunhão e relacionamento com um Deus que agora está tão perto mostrando que o endereço de sua morada não é um túmulo, mais pode ser o seu coração..

Abraços fraternos, 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Na contramão do sistema.




Por Diogo Camilo,


“...Ele disse estas coisas na sinagoga, ensinando em Cafarnaum. Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”

[João 6:59-60]




Hoje o mundo, mais do nunca celebra o entretenimento, o mundo hoje bebe abundantemente entretenimento e diversão, e totalmente inserido neste contexto, a arte, o teatro nos últimos tempos tem sido muito celebrado em várias partes do mundo, do Brasil, e até mesmo nas nossas igrejas.

E algo que podemos dizer da arte e do teatro, é que ele em sua essência aprecia as luzes, os holofotes, a visibilidade, as emoções... e tudo isso é muito bom, faz muito bem, mas o mundo da arte embora não parece é muito “Light”, leve, cordial, atrativo, não cabe a cultura apreciativa do teatro dizer que hoje existem Cristãos pelo mundo sendo torturados e mortos por razão de sua fé em Cristo Jesus, não cabe a cúpula apreciadora do teatro ouvir ou falar que aqui no Nordeste de nosso País milhares e milhares de crianças são vendidas como objeto, comercializadas para práticas sexuais violentadas desumanamente e escravizadas a preço de um pedaço de pão.. não cabe muito bem aos admiradores e proclamadores da arte em nossos tempos lembrar as pessoas que existem jovens missionários doando sua juventude por amor ao Evangelho de Jesus em terras distantes, não, não cabe nesse “mundinho” colorido da arte dizer que a responsabilidade das muitas injustiças que existem no mundo, toda calamidade e todo choro são culpas daqueles que podiam fazer algo diante delas, mais não fazem absolutamente nada, ou fazem muito pouco.

No mundo da arte, do teatro, tudo é de fácil aceitação, tudo deve ser de aceitação, é tudo muito açucarado. No mundo da arte o que vale é agradar a todos, levantar aplausos, elogios, o importante é que todo mundo saía satisfeito, imagina ofender alguém... não, não pode!! Só que um dia, numa terra distante um homem chamado JESUS contrariando todo sistema, contrariando TODOS os pensamentos e opiniões da maioria se apresentou diante do modelo estabelecido, e ele disse algo que fez com que muitos se sentissem ofendidos e escandalizados. Sabe o que ele disse?? Ele disse: “ Eu sou o caminho, Eu Sou a Verdade, Eu Sou a Vida!! E ninguém vai ao Pai a não ser por mim!!!”

Ele disse: “ EU SOU, EU SOU O PÃO QUE DOA A VIDA, O PÃO VIVO QUE DESCEU DO CÉU!!!” E dizendo isso Ele disse ser FILHO DE DEUS!!! E dizendo isso Ele DISSE SER DEUS, ELE DECLAROU SER O PRÓPRIO DEUS!!! Um choque ao povo, portanto agora todos deveriam se submeter a Ele, se arrepender de suas vidas rebeldes e se voltar a Ele, somente a Ele, afinal Ele declarou ser DEUS.

Mais como lemos em (João 6:59-60), não foi bem isso que aconteceu não é mesmo amados, não foi, Jesus foi crucificado porque muitos se sentiram ofendidos por Ele, e muitos dos discípulos que o seguiam se escandalizaram ao ouvir isso e os abandonaram, e sabe porque?, porque Jesus não era como eles queriam que Ele fosse...

A mensagem pode vir até você como forma de teatro, o formato pode ser arte, mais o conteúdo não é de acordo com o gosto da maioria!!!

E esses discípulos do texto que lemos, só porque acharam dura e ofensiva demais as palavras do Senhor o abandonam. E Hoje existem aqueles que ainda abandonam ao Senhor por achar tudo duro demais, escandaloso demais, alguns paressem dizer assim: “ Olha Jesus fica ai no seu cantinho, porque eu vou só até certo ponto, até aqui eu te dou ouvido, até a qui eu te sigo, mais se você disser algo que contrarie minha vontade, minha opinião eu estou fora ok?”

Só que o Senhor não se mostrou nem um pouco abalado com a repreensão de todos, Não!! Ele não disse: “ Pelo amor de Deus não me abandone, tudo bem eu mudo o conteúdo, ok, eu vou pegar mais leve”. Não, Jesus não se abalou, pelo contrario Ele ainda s virou para os seus discípulos, os que verdadeiramente eram seus discípulos e Disse: “ E Vocês não vão embora como a maioria? Vocês não vão me abandonar como a maioria?” (João 6:67)

Então Pedro, um dos 12, se levantou cheio da graça de Deus e respondeu: “ PARA ONDE, PARA ONDE IREMOS SE SÓ TÚ MESTRE, SOMENTE O SENHOR, E MAIS NINGUÉM NESTA TERRA TENS AS PALAVRAS DE VIDA ETERNA!!!”

Feliz são aqueles que não se escandalizam nas palavras do Senhor, felizes são aqueles que encontram doçura em Suas palavras, elas são de vida. É por isso que para os que crêem, as palavras do Senhor são doces como Mel.

Na verdade a Dureza não estão nas palavras do Senhor, mais sim nos corações daqueles que as ouvem. Não é a palavra que é amarga, mais sim a boca que não experimenta por estar cheia de amargura.

Enquanto Jesus curava, ressuscitava mortos, realizava milagres e não confrontava o povo ele tinha todos por perto O apertando.. bastavam ser contrariados e sumiam..

Aqueles que creem que Ele verdadeiramente é Deus o glorificam e entendem que de Seus lábios saem palavras de VIDA, palavras que nos levam a experimentar a boa, perfeita e agradável vontade dEle para nossas vidas.



Não se amolde a este mundo, exerça o ministério que o Senhor confiou em suas mãos para confrontar o pecado amando o pecador, apregoando as boas notícias do Evangelho libertador de Cristo.



Fuja do modelo deste mundo, ouça as palavras de vida do Senhor... só ele as tem.



Em amor amados,



Abraços fraternos.



Com Cia Real de Teatro.




quarta-feira, 13 de março de 2013

Gratidão...


Há 4 anos me rendi a beleza de minha esposa Geisi Balmat. Hoje 4 anos depois, continuo rendido.

"O que diz a Bíblia sobre o papa e o papado?"







Pergunta: "O que diz a Bíblia sobre o papa e o papado?"

Resposta:O ensinamento da Igreja Católica Romana sobre o papa (“papa” significa “pai”) é baseado em e envolve os seguintes ensinamentos romanos católicos:

1) Cristo fez de Pedro o líder dos apóstolos e da igreja (Mateus 16:18-19). Dando a Pedro as “chaves do reino”. Cristo não apenas fez dele líder, mas também fez dele infalível quando agindo ou falando como representante de Cristo na terra (falando de sua cadeira de autoridade, ou ex cathedra). Esta capacidade de agir no interesse da igreja de forma infalível quando falando ex cathedra foi passada de Pedro para seus sucessores, dando desta forma à Igreja um infalível guia na terra. O propósito do papado é guiar a Igreja sem cometer erros.

2) Pedro, mais tarde, tornou-se o primeiro Bispo de Roma. Como Bispo de Roma, ele exercia a autoridade sobre todos os bispos e líderes da igreja. O ensinamento de que o Bispo de Roma está acima de todos os bispos em autoridade é conhecido como a “supremacia” do Bispo de Roma.

3) Pedro passou adiante sua autoridade apostólica ao próximo Bispo de Roma, junto com os outros apóstolos que passaram adiante sua autoridade apostólica aos bispos que ordenaram. Estes novos bispos, em turnos, passaram adiante sua autoridade apostólica àqueles bispos que mais tarde ordenaram, e assim por diante. Esta “passagem de autoridade” é conhecida como “sucessão apostólica”.

4) Baseados na alegação católica romana de uma corrente contínua de bispos romanos, eles ensinam que a Igreja Católica Romana é a verdadeira igreja, e que todas as igrejas que não aceitam a supremacia do papa se desviaram dela, a igreja única e verdadeira.

Depois de termos rapidamente visto alguns dos ensinamentos da Igreja Católica Romana a respeito do papado, a questão é se estes ensinamentos estão em concordância com as Escrituras. A Igreja Católica Romana vê o papado e a autoridade infalível de ensinar da “Igreja mãe” como sendo necessária para guiar a Igreja, e usa isto como raciocínio lógico para justificar a provisão de Deus neste assunto. Mas examinando as Escrituras, podemos achar o seguinte:

1) Apesar de Pedro ter sido central na primeira expansão do evangelho (parte do significado por trás de Mateus 16:18-19), o ensinamento das Escrituras, tomado em contexto, em nenhum lugar declara que ele estivesse em autoridade sobre os outros apóstolos ou acima da Igreja (veja Atos 15:1-23; Gálatas 2:1-14; I Pedro 5:1-5). Nem é jamais ensinado que o Bispo de Roma deveria ter supremacia sobre a Igreja. Mas há apenas uma referência nas Escrituras de Pedro escrevendo da “Babilônia”, um nome às vezes usado para se referir a Roma, encontrado em I Pedro 5:13. Além disto, e do aumento histórico da influência do Bispo de Roma (devido ao apoio de Constantino e dos imperadores romanos que o sucederam), vem o ensinamento da Igreja Católica Romana da supremacia do Bispo de Roma. Entretanto, as Escrituras mostram que a autoridade de Pedro era compartilhada pelos outros apóstolos (Efésios 2:19-20), e que a autoridade de “ligar e desligar” a ele atribuída era, da mesma forma, dividida pelas igrejas locais, não apenas seus líderes (veja Mateus 18:15-19; I Coríntios 5:1-13; II Coríntios 13:10; Tito 2:15; 3:10-11).

2) Em nenhum lugar as Escrituras afirmam que, para manter a igreja livre de erro, a autoridade dos apóstolos foi passada àqueles que eles ordenaram (sucessão apostólica). A sucessão apostólica é uma “leitura forçada” destes versos que a Igreja Católica Romana usa para apoiar esta doutrina (II Timóteo 2:2; 4:2-5; Tito 1:5; 2:1; 2:15; I Timóteo 5:19-22). O que as Escrituras REALMENTE ENSINAM é que falsos ensinamentos se levantariam, vindo até do meio dos líderes da igreja e que os cristãos deveriam comparar os ensinamentos destes líderes com as Escrituras, que são a única coisa que a Bíblia cita como infalíveis. A Bíblia não ensina que os apóstolos eram infalíveis, a não ser quando o que escreveram foi incorporado às Escrituras. Paulo, conversando com os líderes da igreja na grande cidade de Éfeso, menciona a vinda de falsos mestres, e para lutar contra tal engano, ele NÃO os recomenda aos “apóstolos ou aqueles a quem seria passada sua autoridade”, mas a “Deus e à palavra da sua graça...” (Atos 20:28-32).

Mais uma vez, a Bíblia ensina que as Escrituras devem ser usadas como medida padrão para determinar a verdade do engano. Em Gálatas 1:8-9, Paulo afirma que não é QUEM ensina, mas O QUE está sendo ensinado que deve ser usado para diferenciar a verdade do engano. Apesar da Igreja Católica Romana continuar a lançar a maldição “anátema” àqueles que rejeitem a autoridade do papa, as Escrituras reservam tal maldição àqueles que ensinarem um evangelho diferente (Gálatas 1:8-9).

3) Apesar da Igreja Católica Romana ver a sucessão apostólica como logicamente necessária para que Deus, de forma livre de erros guie Sua Igreja, as Escrituras afirmam que Deus providenciou por Sua igreja através de:

(a) As Escrituras Infalíveis (Atos 20:32; II Timóteo 3:15-17; Mateus 5:18; João 10:35; Atos 17:10-12; Isaías 8:20; 40:8; etc.). Nota: Pedro fala dos escritos de Paulo na mesma categoria de outra Escritura (II Pedro 3:16),

(b) O eterno sumo sacerdócio de Cristo no céu (Hebreus 7:22-28),

(c) A provisão do Espírito Santo, que guiou os apóstolos à verdade depois da morte de Cristo (João 16:12-14), que dá dons aos crentes para a obra do ministério, incluindo o ensino (Romanos 12:3-8; Efésios 4:11-16), e que usa a Palavra escrita como Sua principal ferramenta (Hebreus 4:12; Efésios 6:17).

Apesar de ter havido homens bons e honrados (humanamente falando) que serviram como papas da Igreja Católica Romana, incluindo o Papa João Paulo II e o Papa Bento XVI, os ensinamentos da Igreja Católica Romana sobre a autoridade do papa devem ser rejeitados porque não estão de acordo com os ensinamentos da igreja original, a nós divulgados no Novo Testamento. Esta comparação do ensinamento de qualquer igreja é essencial, sob o risco de deixarmos de ter os ensinamentos do Novo Testamento a respeito do evangelho, não apenas correndo o risco de deixarmos de ter vida eterna no céu, mas sem saber, levarmos outros ao caminho errado (Gálatas 1:8-9).

Leia mais:http://www.gotquestions.org/Portugues/papa-papado.html#ixzz2NSDD66SU

sexta-feira, 8 de março de 2013

A Profecia se cumpriu...




“Com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi...” Rm 1.3

Ao lado do nascimento virginal (Is 7.14), ser da descendência de Davi era das principais profecias acerca do Messias (Is 11.1,10).

E Jesus o foi, porque foi adotado por José, que era descendente direto de Davi, por dois ramos da família davídica: de Salomão (Mt 1.6) e de Natã (Lc3.31).

E como José adotou a Jesus como seu primogênito, Jesus passou a ser filho de Davi, e a profecia se cumpriu (Mt 1.25; Jo 6.42).

Maria foi escolhida para ser a mãe do Salvador por estar desposada com José, e não o contrário (Lc 1.27).

José era um homem justo, com quem, através das aparições angelicais em seus sonhos, Deus, por sua graça, falou o tempo todo (Mt 1.20; 2.13, 19; 3.15).

José foi o homem a quem Deus, por sua graça, confiou o seu Filho. E José, por graça divina, protegeu a Maria e a Jesus, não só estando sempre pronto a servi-los, como cobrindo-lhes de dignidade (Mt 1.19,20,24,25; 2.13,22; Lc 2.16).

Jesus foi reconhecido a partir de sua filiação a José: Mt 6.3; Lc 3.23; Jo 1.45; 6.42.

Graças a José, homem com que Deus, por sua graça, pode contar, Jesus era filho de Davi, e cumpriu-se a profecia!

Deus cumpre profecias. Deus, por sua graça, cumpre profecias através de seres humanos. Deus continua, por sua graça, contando conosco para cumprir profecias.




terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O poder das palavras o cego e o publicitario


Fui ministrado pelo Senhor, que Ele mude nossas perspectivas e nos dê convicção do poder que há em cada uma de nossas palavras..

Abraços fraternos queridos,

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Salmos 005 - A Crise


“Dá ouvidos, SENHOR, às minhas palavras e acode ao meu gemido.
Escuta, Rei meu e Deus meu, a minha voz que clama, pois a ti é que imploro.
De manhã, SENHOR, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando.
Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal.
Os arrogantes não permanecerão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a iniquidade.
Tu destróis os que proferem mentira; o SENHOR abomina ao sanguinário e ao fraudulento; porém eu, pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor.
SENHOR, guia-me na tua justiça, por causa dos meus adversários; endireita diante de mim o teu caminho; pois não têm eles sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo é todo crimes; a sua garganta é sepulcro aberto, e com a língua lisonjeiam.
Declara-os culpados, ó Deus; caiam por seus próprios planos. Rejeita-os por causa de suas muitas transgressões, pois se rebelaram contra ti.
Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.
Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua benevolência.”


Por: Ariovaldo Ramos;

O salmista está em crise com a igreja. Uma coisa interessante, porque, ao ler os Salmos, a gente lê sobre os inimigos, os perseguidores etc... Mas, nem sempre se dá conta de que Davi está falando sobre a igreja, está falando sobre o povo de Deus. Ele não está falando das nações inimigas. Ele não está falando das nações pagãs.

Ele está falando dos adversários dentro do próprio povo de Deus. Gente que, como ele, deveria estar louvando ao Senhor, deveria estar buscando a face do Senhor, deveria estar adorando ao Senhor. Mas, ao invés, estão atacando Davi.

Foi o caso de Saul, o primeiro rei de Israel, escolhido pelo povo e ungido pelo sacerdote-profeta Samuel. O Senhor falava com ele. Ele chegou a profetizar. Teve experiências com Deus e depois se tornou um terror. E Davi foi um dos alvos desse terror que o Saul se tornou.

Então, com exceções, muitas das orações de Davi, senão a maioria, que são os Salmos, se referem a lutas que ele enfrentava na vida e dentro de Israel. Com gente de Deus, em tese. Gente do povo escolhido; circuncidada; que ia ao templo; que oferecia os holocaustos; que conhecia a Lei de Deus, a Torá... Gente de Deus.

Essa é uma batalha para a qual a gente não está preparado, e nem sabe se o deveria, que é o fato de que, no meio do povo de Deus, a gente pode se decepcionar.

É gente que está no templo, no caso dele, no tabernáculo; que vai com ele no mesmo lugar, leva o holocausto como ele, do mesmo jeito. Mas, o está perseguindo, atacando, julgando, prejudicando.

Ele, entretanto, faz uma separação dentro da própria comunidade da fé. Ele diz que há os que buscam abrigo no Senhor, os que se deixam defender pelo Senhor, os que amam ao Senhor, os que encontram felicidade só no Senhor, os que obedecem ao Senhor.

Davi está em luta com gente de casa. E é aquela angústia: como é que gente de dentro de casa faz isso? Pois é, este é o ponto.

Estamos, dentro da própria casa, num ambiente difícil; tem gente que se entende nossa, mas, que, na verdade, não se converteu; e há quem se converteu, mas caiu da graça. E tem o que está passando por um momento difícil na vida. E quem se deixou aprisionar por Satanás, porque teve alguma crise e não confiou em Deus, então aceitou ofertas malignas, e depois, por causa disso, o maligno passou a ter uma influência sobre a vida dessas pessoas, que elas não conseguem dimensionar.

E há os que se apoderaram de Deus, como se o pudessem, e se tornam a medida da verdade, e, em nome de Deus, matam aos irmãos, julgando estar fazendo a vontade de Deus. O Deus que não é mais o revelado nas Sagradas Escrituras, mas o Deus projetado pela maldade do falso adorador.

Nós estamos num ambiente espiritual. O ambiente espiritual é muito delicado. A gente não tem uma ideia dos processos que acontecem no mundo espiritual, à nossa volta!

Não temos ideia de como as pessoas estão sendo afetadas pela realidade espiritual; de como estão sendo tentadas e caindo ou não em tentação; de como estão a dar, ou não, ouvidos à voz do inimigo.

A gente não sabe, e não precisa saber! Nós não temos autoridade para julgar ninguém. Precisamos é saber que essas coisas vão acontecer.

Gente de casa vai se revoltar contra o Senhor e vai quebrar as Leis do Senhor.

Gente de casa vai romper com o Senhor, mas, vai continuar em casa. Vai continuar nas instituições, vai continuar no ambiente. Inclusive, gente que rompeu com o Senhor pode ser pastor, pode ser presbítero.

Nós não temos um ambiente só espiritual, temos, também, um ambiente formal.

Num ambiente formal você tem estatutos, liturgias, você tem maneiras de assumir poder, de assumir controle, etc... Sem que seja a vontade de Deus. E aí, de repente, você tem um cara mau como rei. Foi ordenado em função de Deus, mas rompeu com o Senhor. Como foi com Saul.

Gente há que vai para a reunião de culto, mas não cultua Deus. Tem só religião, mas não tem fé. Tem religião, mas não tem mais o temor de Deus, não tem mais respeito por Deus, e muito menos pelo ser humano.

Gente que, de alguma maneira, na luta por achar a sua própria história, o seu próprio caminho, rompeu com Deus. Isso não é uma coisa difícil de acontecer, porque a vida é como um teste constante. E nem sempre a gente passa no teste.

Gente que, ontem, estava adorando ao Senhor, hoje está cheio de dúvidas.

Se Deus cuida de mim por que está acontecendo isso comigo, ou com a minha casa, ou com a minha família, ou com a minha situação? Quando uma pessoa fica cheia dessas dúvidas, pode dar ouvidos a um bocado de vozes, que vão lhe dizer: ache o seu esquema, ache o seu jeito de resolver o seu problema, porque Deus não o resolveu. Ela, talvez, não confesse isso, explicitamente, mas fará o sugerido.

O que fazer diante disso? Davi pede a Deus que julgue, mas, também, pede aos fiéis que não desanimem, que não caiam na esparrela de usar das mesmas armas que os em crise, que continuem a louvar e a confiar no Senhor, a se manter em comunhão, para, continuamente, desfrutarem do aconchego do Senhor.

Em outras palavras, pede, aos fiéis, que não permitam que a infidelidade dos demais roube a sua alegria no Senhor, ou a vida comunitária, assim como a vida devocional, onde o fiel se deixa abrigar pelo Senhor.

Porque, no final das contas, os infiéis não estão, diretamente, pecando contra os fiéis, eles estão pecando contra Deus. Os fiéis estão, no dizer de Paulo, sofrendo o que resta dos sofrimentos do Cristo pela Igreja (Cl 1.24).

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

As boas novas são velhas...


Por:: Ariovaldo Ramos


“Separado para o evangelho de Deus, que ele antes havia prometido pelos seus profetas nas santas Escrituras”, [Rm 1,1b,2]

As boas novas são velhas...

As boas novas anunciam o cumprimento das promessas aos patriarcas e profetas.
Jesus é a criança da promessa, prometido em Gn 3.15, a criança que venceria a serpente.
Ele é o grande profeta referido por Moisés em Dt 18.15,18
Ele é o Redentor vivo que se levantaria sobre a terra Jó 19.25
Ele é o Senhor que se assentaria à direita do Senhor e dominaria sobre Sião Sl 110.1
Ele é o filho da virgem Is 7.14
Ele é o menino maravilhoso, conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz Is 9.6
Ele é a raiz de Jessé Is 11.1,10
Ele é o servo sofredor que levaria a nossas inquidades Is 53
Ele é o Ungido do Senhor para libertar os cativos Is 61.1
Ele é o salvador prometido Is 62.11; Zc 9.9
Ele é o buscado pelos gentios Is 42.1; 65.1
Ele é o Ungido que demarca os tempos Dn 9.25,26
Ele é o renovo que vem da casa de Davi Jr 23.5; 33.14,15; Ez 16.7; Zc 6.9,12
Ele é o que traz a paz a todas as nações Mq 4.1-4
Ele é o rei que viria de Belém, porém, originário da Eternidade Mq 5.2
Ele é o Sol da Justiça que traz salvação nas suas asas Ml 4.1
E há muito mais que se poderia dizer...

A suma é: chegou o Salvador, bem aventurado aquele que nele se refugiar Sl 2.12

Ele chegou, mas ele sempre esteve...
Ele é o Senhor que aparece, em carne e osso, a Abraão e lhe faz promessas e suscita intercessão Gn 18
Ele é a Rocha de Israel Ex17.6; Nm 20.8; 1Cor 10.4; Dt 32.4; 32.18,30; 1Sm 22.47; 23.3; Hb 1.12
Ele é o quarto homem na fornalha com Hananias, Misael e Azarias Dn 3.25
E há muito mais dele que se pode ver no Antigo Testamento...

Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, em cujas pisaduras somos sarados, o nosso Salvador, o nosso Senhor. Ele é Deus de vero Deus! Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Ele sempre é desde sempre! Desde antes da fundação do mundo. Todas as coisas foram feitas nele, por ele e para ele! Sem Ele nada do que foi feito se fez! Ele é o cumprimento de todas as promessas do Deus! Ele voltará em carne e osso da ressurreição e todo olho o verá! (Is 53.5; Jo 1.3,29; 6.35; 8.12,28,52; 20.28; At 1.11; 2Co 1.20; Cl 1.13-18; Ap 1.7)
As boas novas são velhas. E porque são velhas, são as novas! Não necessariamente precisamos ouvir novidades, precisamos ouvir a Deus, e quando O ouvimos TUDO se faz novo, até o que é velho..

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Perguntas.


“Pondo-se a vigiá-lo, eles mandaram espiões que se fingiam justos
para apanhar Jesus em alguma coisa que Ele dissesse, de forma que O
pudessem entregar ao poder e à autoridade do governador. Assim, os
espiões lhe perguntaram: “Mestre, sabemos que falas e ensinas o que
é correto, e que não mostras parcialidade, mas ensinas o caminho de
Deus conforme a verdade. É certo pagar imposto a César ou não?” Ele
percebeu a astúcia deles e lhes disse: “Mostrem-me um denário. De
quem é a imagem e a inscrição que há nele?” “De César”, responderam
eles.Ele lhes disse: “Portanto, dêem a César o que é de César, e a
Deus o que é de Deus”. E não conseguiram apanhá-lo em nenhuma
palavra diante do povo. Admirados com a sua resposta, ficaram em
silêncio.”
-- [Lucas 20:20-26]

 Por Diogo Camilo,


Muitos pregadores usam este texto da sã doutrina para levantar um sermão voltado aos princípios dos dízimos ou ofertas, talvez não seja de total errado isso, porém devemos observar o contexto de uma forma ampla do cenário, e não apenas um versículo isoladamente. E quando nos atentamos a este contexto observamos que o conteúdo de Lucas 20 levanta uma tônica de ensinamento muito mais ampla do que dízimos e ofertas, aqui o cenário é o seguinte: Jesus é confrontado sutilmente mais mui severamente pelos lideres religiosos da época através de perguntas, esses desejando colocar em xeque a autoridade do Cristo e persuadi-lo perante o povo tentando faze-lo cair em contradição em suas palavras para incrimina-lo, Jesus ainda neste capitulo, conta a parábola do Senhor da vinha para ilustrar a intenção destes lideres em querer intimida-lo com suas perguntas.
Assim vemos logo a falsidade nas perguntas dos líderes religiosos dos dias de Jesus. Agora extraindo este episódio a nós nos dias de hoje:
Será que vemos com tanta facilidade os motivos que levam A NOSSA VONTADE            misturados nas nossas perguntas a Jesus? Já perguntou ao Senhor se deve aceitar algum emprego ou namorar alguém? Já pediu a sabedoria do alto para ver se deve comprar algum bem, aguardar um lançamento melhor ou investir o dinheiro? Será que se pudéssemos ouvir a voz Jesus assim como falo com você, Ele não faria outras perguntas em nossas perguntas? Nós não estamos tentando apanhar Jesus em armadilhas mesmo que seja involuntariamente? Mas, pode ser que o inimigo já nos apanhou numa cilada. Às vezes há outras opções para nosso tempo, nosso dinheiro e nossas vidas, opções que não enxergamos, ou que convenientemente deixamos de considerar. Peça a Jesus não só as respostas dEle, mas, também as perguntas que ele faria se estivesse em seu lugar. Considerando o preço que ele pagou por nós, o tempo, o dinheiro, e a vida toda não são mais "nossos", não é? O que será que Jesus faria?
 
OREMOS:
Majestoso Criador, sinceramente não cabe na minha cabeça dura como é que o Senhor nos permite continuar com tanto controle, somos arrogantes, egocêntricos e maldosos devido a queda, e mesmos assim O Senhor continua a nos dar tanta liberdade em tudo que é feito com todos esses bens que pertencem ao Senhor? Eu não sou dono nem do meu nariz, mas o Senhor me permite decidir para onde vou e o que fazer ao longo de cada dia por anos e anos de vida. Perdoe-nos, Senhor, quando ignoramos com tanta facilidade o que é melhor para o Reino e escolhemos coisas que vão nos beneficiar de alguma forma. Ajude-nos a ver com os olhos de Jesus. Ajude-nos a fazer as perguntas que Jesus faria. Eu sei que o Senhor nos dará as respostas.

Obrigado por Seu infalível amor, o qual a racionalidade humana é incapaz de definir , mas dia a dia convidado a sentir..

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Paperman.


Bom dia amados,

Para quem curte animação gráfica em desenho, achei muito "bonitinho" este aqui do link abaixo da Disney. Este desenho foi desenhado a mão, e o que mais me impressionou é arte de expressão sem usar palavras... É a simplicidade da história e a beleza dos traços que o torna tão bonito.


Abraços semana abençoada a todos, =)










Excelente deve ser o caminho!


I Coríntios Capítulo : 13
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece,
5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
10 mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.


 Nós devemos buscar os melhores dons, mas o melhor mesmo é buscar o caminho mais excelente:
Ainda que qualquer um de nós tivesse a possibilidade de dizer qualquer coisa em qualquer língua, inclusive a língua dos anjos, se não o falasse por amor a quem ouve, seria apenas uma pessoa a fazer barulho.
Ainda que alguém tivesse a capacidade de saber tudo de tudo, ou tivesse fé para realizar tudo o que fosse preciso, se não o fosse por amor ao Criador e à criatura, isso não geraria nada!
E se tivéssemos o dom de contribuir, e sacrificássemos a tudo, até a nós mesmos, e não o fizéssemos por amor ao Criador e à criatura, isso não daria significado nenhum à sua vida! Da perspectiva divina, não adianta nada alguém poder tanto e não conseguir ser paciente e bondoso para com as pessoas!
Não adianta ter tanto dom, se não for para que as pessoas sejam emancipadas, ao invés de ficarem sempre dependentes da gente!
Os dons devem ser usados para comunicar o amor que vem de Deus, não para o orgulho e a vaidade da gente! Quando a gente usa os dons para demonstrar o amor que vem do criador:
- A gente é educado e respeitoso, e não quer recompensa pessoal;
- A gente não quer tratamento especial e nem fica chateado com as pessoas ou descontando o que acha que sofreu.
- A gente não se alegra, não se acomoda ao erro, os dons são para levar as pessoas e a sociedade para uma vida digna, e uma vida próxima a Deus.
- A gente não desiste diante das dificuldades, a gente mantém a fé e a paciência, principalmente, diante da imaturidade humana.
Não importa quanto tempo demore, quando a gente é movido pelo amor a Deus e ao próximo, a gente não esmorece.
Ainda que seja do mistério que vem de Deus,  e mesmo que a gente o comunique de forma extraordinária, a gente sabe que o que fala é finito. Tudo o que se pode saber é finito, e o que se pode profetizar também o é. Porque a gente está aguardando o que é completo. 
Hoje, é como quando a gente era menino, só dava para falar como menino, aí a gente cresce e passa a falar com outras categorias. Não dá para ficar exigindo perfeição, hoje tudo é em parte. Hoje, tudo é assim, marcado pela nossa queda, mas o absolutamente pleno de acerto, de verdade e de beleza, virá! E a gente vai saber de tudo que for para saber, como, hoje, Deus sabe tudo de nós.
Hoje, a gente deve cultivar a fé, e se sustentar na esperança, e amar. E dessas três, o que a gente deve procurar fazer mais, é amar!
Fazer tudo por amor a todos é o mais excelente jeito de viver!

Em amor e neste mesmo amor...


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Uma Pastoral para a Decepção!



Por Ariovaldo Ramos



Quando, na década de 80, a teologia da prosperidade chegou ao Brasil, ela veio como uma nova tese sobre a fé, prometia o céu aqui para o que tivesse certo tipo de fé. As promessas eram as mais mirabolantes: garantia de saúde a toda prova, riqueza, carros maravilhosos, salários altíssimos, posições de liderança, prosperidade ampla, geral e irrestrita.

Lembro-me de, nessa época, ter ouvido de um ferrenho seguidor dessa teologia que, quem tivesse fé poderia, inclusive, negociar com Deus a data de sua morte, afirmava que, na nova condição de fé, em que se encontrava, Deus teria de negociar com ele a data de sua partida para mundo dos que aguardam a ressurreição do corpo.

Estamos, há mais de vinte anos convivendo com isso, talvez, por isso, a grande pergunta sobre essa teologia seja: Como têm conseguido permanecer por tanto tempo? A tentação é responder a questão com uma sonora declaração sobre a veracidade desta proposição, ou seja, permanece porque é verdade, quem tem fé tem tudo isso e muito mais. Entretanto, quando se faz uma pesquisa, por mais elementar, o que se constata é que as promessas da teologia da prosperidade não se cumpriram, e, de fato, nem o poderiam, quando as regras da exegese e da hermenêutica são respeitadas, percebe-se: não há respaldo bíblico. Então qual a razão para essa longevidade?

Em primeiro lugar, a vida longa se sustenta pela criatividade, os pregadores dessa mensagem estão sempre se reinventando, vivem de promover espetáculos ás custas da boa fé do povo. Mesmo os mais discretos estão sempre expondo o povo, em alguns casos, quando mais simplório melhor, em outros, quanto mais bonita, e note-se o feminino, melhor.

Além disso, é uma sucessão de invencionices: um dia é passar pela porta x, outro é tocar a trombeta y, ou empunhar a espada z, ou cobrir-se do manto x, e, por aí vai. Isso sem contar o sem número de amuletos ungidos, de águas fluidificadas e de bênçãos especiais. Suas igrejas são verdadeiros movimentos de massa, dirigidos por “pop stars” que tornam amadores os mais respeitados animadores de auditório da TV brasileira.

Em segundo lugar, a vida longa se mantém pela penitência; os pregadores dessa panacéia descobriram que o povo gosta de pagar pelos benefícios que recebe, algo como “não dever nada a ninguém”, fruto da cultura de penitência amplamente disseminada na igreja romana medieval, aliás, grande causadora da reforma protestante. Tudo nessas igrejas é pago. Ainda que cada movimento financeiro seja chamado de oferta, trata-se, na prática, de pagamento pela benção.

Deus foi transformado num gordo e avaro banqueiro que está pronto a repartir as suas benesses para quem pagar bem, assim, o fiel é aquele que paga e o faz pela fé; a oferta, nessas comunidades, é a única prova de fé que alguém pode apresentar.

Na idade média, como até hoje, entre os romanos, Deus podia ser pago com sacrifícios, tais como: carregar a cruz por um longo caminho num arremedo da via “crucis”, ou subir de joelhos um número absurdo de degraus, ou, em último caso, acender uma velinha qualquer, não é preciso dizer que a maioria escolhe a vela. Mas, isso é no romanismo!

Quem quer prosperidade, cura, promoções, carrões e outros beneplácitos similares tem de pagar em moeda corrente, afinal, dinheiro chama dinheiro, diz a crença popular. E tem de pagar antes de receber e, se não receber não pode reclamar, porque esse deus sabe o que faz e, se não liberou a bênção é porque não recebeu o suficiente ou não encontrou a fé meritória. Esses pregadores têm o consumidor ideal.

Em terceiro lugar são longevos porque justificam o pior do capitalismo, embora, segundo Weber, o capitalismo seja fruto da ética protestante, (aliás, a bem da verdade é preciso que se diga que o capitalismo descrito por Max Weber em seu livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo” não é, nem de longe, o praticado hoje, que se sustenta no consumismo, enquanto aquele se erguia da poupança.); a fé cristã, de modo geral, não se dá bem com a busca pela riqueza como objetivo em si.

A chegada, porém, dessa teologia mudou o quadro, o pior do capital está, finalmente, justificado, foi promovido de grilhão que manieta a fé em troféu da mesma. Antes, o que se assenhoreava do capital tornava-se o avaro acumulador egoísta, agora, nessa tese, é o protótipo do ser humano de fé. Antes, o que corria atrás dos bens materiais era um mundano, hoje, para esses palradores, é o que busca o cumprimento das promessas celestiais.

Juntamente com o capitalismo, essa mensagem justifica o individualismo, a bênção é para o que tem fé, ela é inalienável e intransferível. Eu soube de uma igreja dessas que, num rasgo de coerência, proibiu qualquer socorro social na comunidade para não premiar os que não tem fé. Assim, quem tem fé tem tudo quem não tem fé não tem nada.

Antes, ter fé em Cristo colocava o sujeito na estrada da solidariedade, hoje, nesse tipo de pregação, o coloca no barranco da arrogância. Toda “esperteza” está justificada e incentivada. Não é de estranhar que ética seja um artigo em falta na vida e no “shopping center” de fé desses “ministros”.

Mas, o que isso tudo tem gerado, de verdade? Decepção, fragorosa decepção é tudo o que está sobrando no frigir dos ovos. As bênçãos mirabolantes não vieram porque Deus nunca as prometeu, e Deus não pode ser manipulado. O sucesso e a riqueza que, porventura, vieram foram mais fruto de manobras “espertalhonas”, para dizer o mínimo, do que resultado de fé.

Aliás, para muitos foi ficando claro que o que chamavam de fé, nada mais era do que a ganância que cega; o antigo conto do vigário foi substituído pelo conto do pastor. Gente houve que ficou doente, mas, escondeu; perdeu o emprego, mas, mentiu; acreditou ter recebido a cura, encerrou o tratamento médico e morreu. Um bocado de gente tentando salvar as aparências, tentando defender os seus lideres de suas próprias mentiras e deslizes éticos e morais; um mundo marcado pela esquizofrenia.

O individualismo acabou por gerar frieza, solidão e, principalmente, perda de identidade, porque a gente só se torna em comunidade.

Tudo isso acontecendo enquanto muitos fiéis observavam o contraste entre si e seus pastores, eles sendo alcançados pela perda de bens, pela angústia de uma fé inoperante, pela perda de entes queridos que julgavam absolutamente curados, e os pastores se enriquecendo, melhorando sensivelmente o padrão de vida, adquirindo patrimônio digno de nota, sendo contados entre o “jet set”, virando artistas de TV, tudo em nome de um evangelho que diziam ter de ser pregado, e que as suas novas e portentosas posses avalizavam.

E onde estão estes decepcionados? E para onde estão indo os seus pares? Muitos estão, literalmente, por aí, perderam aquela fé, mas não acharam a que os apóstolos e profetas da escritura judaico-cristã anunciaram; ouviram o nome Cristo, mas não o encontraram e pararam de procurar. Talvez, estejam perdidos para evangelho; para sempre.

Outros, no meio de tudo isso, foram achados por Cristo, e estão procurando pelo lugar onde ele se encontra. Para os primeiros não há muito que fazer a não ser interceder diante do Eterno, para que se apiede dos que foram vergonhosamente enganados; para os que estão a procura, entretanto, é preciso desenvolver uma pastoral.

Eles não estão chegando como chegam os que estão em processo de reconhecimento de Deus e do seu Cristo. Estão batendo às portas das comunidades, que julgam sérias com a Bíblia, à procura de cura para a sua fé, para a sua forma de ser crente, para a sua esperança de salvação, para a sua falta de comunidade e para a sua confusão doutrinária.

Precisam, finalmente, ver a Jesus Cristo e a si mesmos; precisam, em meio a tanta desinformação encontrar o ensino, em meio a tanto engano recuperar a esperança. Necessitam de comunidade e de identidade, de abraço e de paciência, de paz e de alento, de fraternidade e de exemplo, de doutrina e de vida abundante.

Quem quer que há de recebê-los terá de preparar-se para tanto, mesmo porque, ainda que certos da confusão a que foram expostos, a cultura que trazem é a única que têm, e nos momentos de crise, de qualquer natureza, será a partir desta que reagirão, até que o discipulado bíblico construa, com o tempo, uma nova e saudável cultura.

Hoje, para além de tudo o que encerra a sua missão, a Igreja tem de corrigir os erros que, em seu nome, e, em muitos casos, sob a sua silenciosa conivência, foram e, ainda, estão sendo cometidos.

Fonte: http://www.ariovaldoramosblog.blogspot.com.br/



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Uma ovelha fala da vida no rebanho



Por: Ariovaldo Ramos



O nosso dono é o meu pastor, ele não terceirizou o nosso apascentamento, ele mesmo cuida de tudo e eu não preciso de mais nada.

O movimento de nosso pastor é me levar a descansar. Ele nos coloca num pasto estourando de verde, e eu como daquela abundância! Mas, miraculosamente, contrário ao que me seria natural, ao invés de comer, vorazmente, até consumir a própria raiz da relva toda, eu como a me saciar e deito-me em completo descanso. Nosso pastor me faz compreender que não preciso me desesperar, sempre haverá alimento para nós.
Aí, ele nos leva para tomar água, e como eu sou estabanada, e qualquer movimento me leva a perder o equilíbrio, ele me leva a um lugar especial: não é água parada, então, não corro o risco de contrair nenhuma enfermidade; e, também, não são águas corredeiras, então, não corro o risco de ser arrastada pela correnteza; são águas tranqüilas, e, nesse estado de descanso, me dessedento tranquilamente, sabendo que não serei atacada enquanto me inclino para beber, porque o nosso pastor cuida de mim.
Eu vou com o nosso pastor por qualquer caminho. Eu me deixo conduzir! Não saio do estado de descanso, porque o nosso pastor escolhe sempre o melhor caminho... É uma questão de honra para ele!
Mesmo quando eu não consigo ver um palmo a frente do nariz, quando o caminho está coberto por uma sombra que parece cobrir qualquer luz, e percebo que a própria morte me espreita, e que é um caminho estreito, escorregadio, perigoso, que basta resvalar uma das patas para precipitar-me desfiladeiro abaixo... Eu não tenho medo! O nosso pastor está comigo e me protege: ele tem como, eficazmente, me puxar, se eu ameaçar cair; e eu sei que ele, pronta e precisamente, tocará na pata que estiver a ponto de escorregar e terei como endireitar o meu passo. Isso me consola em meio a essa escuridão, e permaneço em estado de descanso.
E quando lobos, leões, ladrões e mercenários se aproximam... Prontos para o ataque! O nosso pastor, ao invés de sair afugentando-os, prepara um banquete para mim, e continuo a desfrutar do descanso, da paz e de alegria, como de um copo a transbordar! Fica claro, para mim, que os meus inimigos não têm como me alcançar. O nosso pastor é uma barreira intransponível!
Eu quero ficar para sempre nesse rebanho! Aqui eu desfruto da bondade e da misericórdia do nosso dono e pastor. E o nosso pastor me garante que ficarei sempre aqui, com ele, desfrutando desse descanso promovido por sua bondade e misericórdia. Ele nunca vai embora... Ele mora conosco... Melhor! Ele mora em nós e nós nele! Nós somos a casa dele, e ele a casa da gente!
P.S. Talvez você me pergunte: Como é isso? Você fala de ser pastoreado por um pastor único e incomparável, e fala na primeira pessoa do singular, quando sabemos que um pastor apascenta rebanho e não, individualmente, a cada ovelha. Eu respondo: certa vez uma ovelha doutro rebanho qualquer, a observar como o nosso rebanho se movia em bloco, aproximou-se e me questionou sobre como a gente o conseguia. Eu lhe disse que era por causa de nosso pastor, nós o ouvíamos e o obedecíamos. Ela retrucou: Mas eu não consigo ver o seu pastor! E eu expliquei: é que o nosso pastor mora em nós! Nós estamos em rebanho, e o sabemos, mas, como ele mora em nós, embora ele fale a todas, cada uma de nós o ouve como se ele estivesse falando a cada uma de nós, de modo exclusivo. E sabe de uma coisa? Ele o está! De jeito inclusivo ele está falando de forma exclusiva a cada uma de nós. O nosso pastor é assim: nos mantém em unidade enquanto sustenta, em cada uma de nós, a particular identidade!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Os sês do casamento em Caná


Os sês do casamento em Caná

Por Ariovaldo Ramos



Foi num casamento em Caná, um lugar da Galiléia, que devia ser muito parecida com as favelas de hoje, que Jesus fez o primeiro milagre registrado, e , cuji único propósito foi fazer um casal feliz.
E, para isso, muitas lacunas tiveram de ser preenchidas, lacunas que chamo de os sês do casamento em Caná.
E se no casamento em Caná....
Jesus não tivesse sido convidado? A vida transcorria, mas restrita ao plano (a), sem lugar para alternativas, porque a lei da impossibilidade só pode ser vencida pelo milagre!
E se no casamento em Caná...
Jesus não tivesse aceito o convite? A festa teria acabado mais cedo e em tom de frustação. Jesus ter aceito o convite foi o que tornou a festa especial, porque onde Jesus está tudo pode recomeçar, e é a vida e não a morte que passa a dar a palavra final! Que bom que Jesus aceita convite para ir a casamentos, mesmo que já tenham sido celebrados, ele vai, e a alegria é retomada. Que bom que há convites que Jesus aceita! Aliás, a gente só deveria participar de situações e locais, em que Jesus pudesse ser convidado a participar.
E se no casamento em Caná....
Maria não fosse até Jesus? Jesus, provavelmente, só saberia que acabou o vinho quando todos o soubessem e, ainda que interferisse, não poderia fazer muito em relação ao vexame a que os noivos seriam expostos. O ato de Maria poupou os noivos da provável exposição pública, intercessão tem de ser assim, para abençoar e não para expor.
E se no casamento em Caná...
Jesus não fosse movido pela graça? Ainda não era o tempo de Jesus se expor ao seu povo, e nem era o tempo de Maria ver o seu sacrifício explicado. Mas Jesus  levou em conta a angustia dos noivos, e o que Jesus não podia fazer por meio lei o pode por meio da graça. Tudo deve ser levado a Jesus, porque ele conta com as infindas possibilidades da graça.
E se no casamento em Caná...
Jesus não achasse festa importante? Jesus fez um milagre para a festa não acabar, e para poupar os noivos do vexame; ainda bem que o bem estar dos noivos era precioso para o Cristo, ainda bem que a glória do Deus passa pela realização humana, porque o bom criador se alegra com a alegria de suas criaturas.
E se no casamento em Caná...
Maria não fosse respeitada pelos vizinhos? José, pai adotivo de Jesus cuidou muito bem de Maria, de modo que ao invés de permanecer sob o estigma de pecadora, por ter engravidado antes do casamento, ainda que por milagre de Deus, tornou-se respeitada pelos vizinhos o que lhe deu autoridade para orientar os garçons. Que papel admirável José desempenhou! A gente protege alguém quando faz sua dignidade ser preservada.
E se no casamento em Caná...
Maria não soubesse de Jesus? Maria só pode dizer o que disse aos garçons, 1° porque sabia do poder dado a Jesus, talvez, já o tivesse visto em ação, e , também, porque sabia do amor de Jesus pelas pessoas. Saber do Cristo é saber de suas possibilidades por causa da bondade de seu caráter. Por isso vale a pena orar!!!
E se no casamento em Caná...
Os garçons não atendessem a Jesus? A obediência dos garçons ofereceu a matéria prima para o milagre. O que Jesus lhes pediu era sem sentido, as pessoas já tinham lavado as mãos para comer, não havia mais necessidade de água. Eles, certamente, não compreendiam a razão para encher as talhas, mas Jesus sabia que milagre estava realizando. Atender a Jesus é sempre participar de um milagre, para além da nossa compreensão.
E se no casamento em Caná...
Jesus não tivesse agido como salvador? Jesus poderia ter feito qualquer gesto para transformar a água em vinho, mas não fez, se o fizesse teria exposto os noivos, mas Jesus não veio para esmagar a cana quebrada, mas para restaurá-la. O importante para Jesus não era que as pessoas soubessem do seu poder, mas que os noivos soubessem do seu amor – colocou os noivos antes do ministério, ele estava ali para beneficiá-los, não para beneficiar-se de sua situação e carência; e assim devem ser seus seguidores:  gente que faz tudo para salvar, curar, abençoar e proteger o outro.
E se no casamento em Caná...
O mestre sala não tivesse feito o comentário sobre o vinho? Talvez, mesmo que viéssemos a saber do milagre, não saberíamos da sua intensidade, demonstrada pela qualidade do vinho – que nos dá conta de que Jesus vai muito além de nossa capacidade de pedir ou de pensar – essa é a função do testemunho – transmitir o resultado do amor de Deus.

Que bom que João, o evangelista registrou esse milagre, para sabermos quantas pessoas e trabalho o Deus mobilizou para, tão somente, fazer um casal feliz. João está certo em suas palavras: DEUS É AMOR!!!