Casa Mágica

É explicito em nossos dias o constante bombardeio que a igreja do Senhor tem sofrido. Sim, somos influenciados, bombardeados diariamente por um inimigo que a própria bíblia nos alerta em I Pedro 5:8: para que "Sejamos sóbrios e vigilantes” com ele. Porque, “O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar." E estes ataques em sua massa são realizados tanto na mídia vista, ouvida e falada, ou, até mesmo dentro de nossas próprias igrejas. O diabo não está brincando, ele é um louco que luta contra a causa de Cristo e tem muita determinação em isso realizar, é estrategista, astuto, ele não vem a nós com uma voz medonha um rabo feio, ou um par de chifres na testa, não!! Ele se apresenta a nós, muitas vezes, vestindo um terno bem passado e uma gravata linda, um cabelo bem penteado e com uma voz extremamente mansa dizendo mentiras com muita cara de verdade, apresenta a mentira com elementos da verdade. Mentiras e heresias, que, são totalmente contra os padrões de Deus e de Sua poderosa Palavra, vem com argumentos e ideias nunca mencionadas nas linhas das sagradas escrituras da verdade, ou distorções desta mesma PALAVRA regados de textos que não respeitam um contexto maior. Usa homens que sem temor à Palavra, e ao Deus da Palavra, matam o entendimento de pessoas sobre a Verdade, muito mais do que todas as seitas juntas. Podemos ouvir alguns exemplos assim?

"porque quando você entrar na igreja, a dor se transforma em alegria."

"quando você entra na igreja, a depressão se transforma em cântico."

"quando você entra na igreja, o vício se transforma em liberdade."

Minha agenda neste momento, é que, com a ajuda do Espírito Santo, possamos tentar interpretar o que a Bíblia diz em sua essência contextual, e assim deixar de lado qualquer possível hipocrisia, mas o fato é que, eu já perdi as contas de quantas vezes entrei na igreja triste e sai da igreja triste. De quantas vezes entrei na igreja cabisbaixo e sai cabisbaixo. E antes que você me diga que me falta fé, que me falta um relacionamento intimo com o amor de Deus, que me falta comunhão, é imperativo entendermos de uma vez por todas o ponto crucial de que, a igreja nunca foi, não é, e nunca irá ser uma casa mágica. Ela nunca foi ou será um lugar onde eu entro, e num instante, todos os meus males são concertados, apagados e dissipados, como um passe de mágica.

Se encontrando no meio de um verdadeiro caos em uma nação corrupta, politicamente e espiritualmente se levantou o profeta Oséias e profetizou: “vinde, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele…” [Oséias 6.1-2]

Nenhum tipo de mágica… depois de um certo período Deus daria ao povo a vida. Isso nos ensina que, liberdade genuína e completa de nosso pecado, de nossas dores, de nossos problemas é um processo. Desta forma, o profeta não convida o povo a ir ao templo pensando que naquele lugar todos os problemas da nação seriam resolvidos…mas os dá a fórmula para enfrentar suas dificuldades espirituais, e qual é a formula dada pelo profeta?: “conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR…” Oséias 6.3

O fato indiscutível é que, todos nós somos quebrantados e carentes de cura, cura física, cura emocional, cura espiritual. Somos sim imperfeitos, somos obras inacabadas, “pois Aquele que começou a boa obra há de aperfeiçoar até o dia de Jesus Cristo..” (Filipenses 1-6). O perigoso nisso tudo é que, a igreja definida como uma casa mágica não possuí a liberdade para ser tudo o que ela foi chamada a ser:

uma noiva (Joel 2.16; Apocalipse 19.7)

uma cidade na colina/montanha (Mateus 5.14)

e acima de tudo: o corpo de Cristo! (efésios 5.30; colossenses 1.24; romanos 12.4; 1 coríntios 12.13)


De todas as maneiras que a Igreja é mencionada nas sagradas escrituras, talvez a mais linda e mais forte é a que, a igreja foi chamada como corpo de Cristo. E o que é isso? Corpo de Cristo?

Partimos da premissa de que a igreja é corpo de Cristo, correto? Então quem é Cristo? Cristo é O filho de Deus, que anunciava a vinda do Reino, que pregava juízo, arrependimento, graça, que tocava multidões, ressuscitava mortos, que se assentava com pecadores, e, que conversava com prostitutas e os mais imundos dos pecadores considerados da época. A igreja não é casa mágica. A igreja é corpo de cristo!!!! E agora, como estamos representando o corpo cujo Cristo é o cabeça? Temos sido igreja?
"Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus." Romanos 7:4

Não creio neste ensinamento contemporâneo de que, se eu pisar dentro de uma igreja tudo em minha vida entrará em ordem e ficará bem. Ou a ideia de que a função da igreja neste mundo, é a de solucionar problemas. A maior função, a maior contribuição que a igreja pode dar para sociedade, e na vida de uma pessoa não é a de solucionar seus problemas ou suas dores, mas, conduzir ao Deus que irá ajuda-las a enfrenta-los e vence-los.. A igreja precisa ter liberdade para ser TUDO o que ela foi chamada a ser, noiva, cidade na colina, corpo de Cristo.. Assim não nos decepcionamos, não depositamos nossa fé em placas ou homens, mas no autor e consumador de nossa fé, nAquele que bradou essas palavra sobre nosso respeito, Corpo de Cristo!!!


"conheçamos… e prossigamos em conhecer ao SENHOR." (Oséias 6.3)

Sacrifícios...

Por Diogo Camilo

Um tipo de sacrifício há, que é chamado de sacrifício propiciatório ou misericordioso, isto é, um sacrifício tal que pacifica a ira e a indignação de Deus, e obtém misericórdia e perdão para os nossos pecados. E embora no Antigo Testamento houvesse certos sacrifícios com esse nome, contudo há apenas UM desses sacrifícios pelos quais nossos pecados são perdoados, e a misericórdia e o favor de Deus obtidos, o qual é a morte do Filho de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo; nem jamais houve outro sacrifício propiciatório em qualquer tempo, nem jamais haverá. É esta a honra e a glória desse nosso Sumo Sacerdote, no qual ele não admite nem parceiro nem sucessor....
Outro tipo de sacrifício há que, embora não reconcilie com Deus, é feito por aqueles que são reconciliados por Cristo, a fim de testificar de nossos deveres para com Deus e mostra-nos agradecidos a Ele. Esses, portanto, são chamados sacrifícios de louvor, adoração e ações de graças.
O primeiro tipo de sacrifício Cristo ofereceu a Deus por nós; o segundo tipo nós mesmos oferecemos a Deus por Cristo.

A singularidade sacrifício de Cristo não significa, pois, que não temos sacrifícios a oferecer, mas somente que a natureza deles e o seu propósito são diferentes. Não são materiais, mas espirituais, e seu objetivo não é propiciatório, mas eucarístico, a expressão de uma gratidão responsiva.
Que sacrifícios espirituais, portanto, o povo de Deus com “ Sacerdócio santo” oferece a Ele? A Escritura menciona oito.
Primeiro, devemos apresentar-lhe os nossos corpos como sacrifício, como sacrifício vivo. Isso parece uma oferta material, mas é chamado de nosso culto espiritual ( Romanos 12.1), presumivelmente porque agrada a Deus somente se expressar a adoração que procede do coração. Segundo, oferecemos a Deus o nosso Louvor, adoração e ações de graça “frutos de lábios que confessam o Seu nome”. Nosso terceiro sacrifício é a oração, a qual se diz que sobe a Deus como fragrante incenso. Nosso quarto sacrifício um coração compungido e contrito, o qual Deus aceita e jamais despreza. Quinto, a fé é chamada de “sacrifício e culto”. Também o são em sexto lugar, as nossas dádivas e boas obras, sacrifícios dos quais Deus se agrada. O sétimo sacrifício é a nossa vida derramada como uma libação no culto de Deus até a morte, enquanto o oitavo é a oferta especial do evangelista cuja pregação do evangelho é chamada de “ dever sacerdotal” porque ele é capaz de apresentar os seus convertidos como “uma oferta agradável a Deus”.

A Ele,

Onde está o limite de Deus

Por José Barbosa Junior

Antes de qualquer outra palavra faço uma afirmativa categórica: creio na soberania de Deus e que Ele é Todo-Poderoso.

Digo isso para que não retirem texto do contexto… e afirmem o contrário depois. Conheço bem a inquisição evangélica e sei do que ela é capaz.

Mas quero conversar um pouco nesse texto sobre um tema que tem sido cansadamente debatido nas redes sociais, em especial no twitter, com acusações das mais diversas e que saíram da linha da discussão de ideias para infelizes e destemperados ataques pessoais. Quero falar sobre os limites de Deus. Deus se limitou? É verdade que Deus abriu mão de sua soberania em nome de Seu amor? Afirmar que sim é trazer contra si todo a artilharia calvinista, que tem como carro-chefe de sua teologia a “Soberania” de Deus! Só que essa teologia calvinista também está baseada num Deus limitado.

Se por um lado, o livre-arbítrio está baseado num Deus que se limita por seu amor, do lado calvinista temos um Deus que se limita por causa do seu “decreto”. Ou seja, de um lado ou de outro temos um Deus que decide limitar o seu Todo-Poder por uma decisão: seja a de amar, seja a de decretar.

Como assim?

Para não dizer que quem pensa contrário à “soberania calvinista” gosta de filosofia e outras ciências, quero me ater, pura e simplesmente às Escrituras Sagradas. E interpretá-las da forma mais simples que um texto pode ser interpretado, daquela forma que o mais simples e o mais culto interpretariam.

É notório, desde o Antigo Testamento, que Deus tinha um propósito em mente: TODAS as famílias da terra abençoadas (ou há uma interpretação exclusivista para o texto de Gênesis 12.3?). Sim, não há como fugir de um Deus, durante toda a história, querendo se revelar a TODOS os povos, a TODAS as gentes…

Mas a coisa piora no Novo Testamento, quando Paulo afirma claramente em sua primeira carta a Timóteo: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual DESEJA que TODOS OS HOMENS sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 Timóteo 2.3-4)

Opa!!! Como assim??? Então temos um Deus que deseja que TODOS sejam salvos, que quer abençoar TODAS as famílias da Terra, e é Todo-Poderoso? É claro que surge a pergunta: E por que isso não acontece? A resposta calvinista é, queiram ou não admitir: “porque ele se LIMITOU pelo seu próprio decreto!” E chamam isso de expiação limitada. Sim… o Deus calvinista também é um Deus limitado! Por mais que QUEIRA salvar a todos, por mais que tenha TODO O PODER para tal, em sua “soberania” decidiu abrir mão de salvar a todos (o que poderia fazer, já que é Todo-Poderoso) por causa do seu decreto.

Entenderam como toda essa discussão, na verdade, é só pra ver qual “limite de Deus” aceitamos?

O Deus calvinista não salva quem ele QUERIA salvar porque se viu refém do seu decreto. Logo, sua soberana vontade cai diante daquilo que é maior: o seu decreto!

O Deus do livre-arbítrio não salva a todos quanto gostaria de salvar porque decidiu se relacionar por amor, e correr o risco de, amando, não ter esse amor correspondido. Se viu refém do seu amor!

Estamos diante de um Deus limitado, meus queridos, por sua própria vontade. Um Deus que abre mão de seu Todo-Poder, ou por decreto, ou por amor…

Só há um problema…

Em parte alguma das Escrituras (e retorno a elas para terminar, sem filosofia) encontro a afirmativa de que Deus é decreto… mas, soberanamente, encontro a maravilhosa exclamação sobre Deus: “Aquele que não ama, não conhece a Deus, porque DEUS É AMOR!” (1 João 4.8)

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