sexta-feira, 4 de maio de 2012

o Desenho e o Nome.

Por Diogo Camilo,




Antes que uma pessoa nasça. Deus pega o pincel com o qual desenhou o mundo e derrama sobre o peitodela, que é ainda uma página em branco, um número inderteminado de pingos aleatórios de tinta. Assim, cada pessoa que nasce traz no peito uma figura arbitrária, sempre diferente em cada indivíduo, um desenho dado por Deus, mais não interpretado por Ele.
No decorrer dos seis primeiros anos de vida, a partir do que sente, do que experimentae do que entende no mundo, cada pessoa decide o que vê no mistrioso desenho traçado em seu peito, dando assim um nome ao que não tinha nome. Essa interpretação - independentemente do desenho em si - será seu propósito pessoal, a chave essencial que definirá como o individuo guiará sua história por toda a vida.

Quando desperta da infância, a pessoa já esqueceu tanto o desenho quanto sua interpretação, e perdeu o acesso direto a seu propósito pessoal. Embora seja constantemente conduzida por ele, a pessoa recebe de seu propósito apenas sinais confusos e repletos de ruídos, que assombram em sonhos, tanto no sono quanto na vigilia.

A primeira tarefa no caminho rumo à maturidade é redescobrir o seu propósito, isto é, recuperar o acesso à interpretação que cada um deu na infância ao desenho gravado em seu peito. A pessoa descobrirá, assim, de que história faz parte, qual é o seu papel nela e como mudá-lo ou apropriar-se dele. Essa é a chave que abre a porta do inconciente, e feliz de quem vence o próprio mito e apropria do rumo de sua história, quem se reoncilia com o propósito e abraçando -o. Este nasceu de novo e receberá a pedrinha branca, simbolo da individualização que ousou empreender, e na pedrinha estará gravada o desenho que já esteve gravado em seu peito, o desenho que é uma interpretação e também uma palavra e também um nome, e Deus não ousou proferir antes de você.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Um forte abraço, que o Senhor te abençoe

Fiquemos com Ele..

Diogo Camilo