terça-feira, 30 de outubro de 2012

Desmascarando o “evangelho de mimos e afagos'

Em nenhum momento, observamos nas escrituras sagradas, Deus esperando que, seus filhos vivam como seres angelicais, alienados das circunstâncias inoportunas da vida. Para manifestar este principio observe a ação divina – “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1.14”.



Infelizmente é crescente as tentativas de transformar a caminhada cristã em uma ficção ou um conto fraudulento. Basta ligar o rádio ou a televisão para ouvir uma mensagem ilusória e paisagista da trajetória cristã. Ovacionam um paraíso pintado por mentes capitalista do evangelho, onde existe a ilha da conta bancaria invejável, a praia da imunidade de problemas familiares, e a sombra e a água fresca da isenção das aflições, fazendo do evangelho um produto com as soluções de todos os problemas. Nunca na história humana, a igreja precisou promover shows pirotécnicos para coadunar com a simplicidade e o poder do evangelho.



De modo que, é imprescindível saber que a vida cristã não subsiste com superficialidades ou ilusões. Na caminhada com Deus, enfrenta-se a vida com todas as complexidade e paradoxos. A eximia diferença é que o cristão caminha com Deus, o que faz toda diferença no processo existencial.



Somente quando as mentiras e as ilusões promovidas em nome da fé não resistem às agruras do tempo e da realidade da vida, o homem de fato tem a oportunidade de descobrir a sua real estrutura existencial, podendo assim, viver uma vida de dependência e submissão a Deus em Cristo Jesus.



Deste modo, o conselho divino permanece – quando o tempo for de chorar, chore, de sorrir, sorria, de cantar, cante, porque procurar esquivar-se das contingências da vida seria tentar negar o propósito de Deus mesmo em meio às contradições da caminhada. Não permita que, os exageros religiosos deforme a composição da sua alma, retardando o processo transformador de aperfeiçoamento do homem espiritual.



Os conflitos e as perplexidades da vida podem existir. As perguntas sem respostas também podem aparecer no processo da vida cristã. O evangelho de Jesus Cristo não oferece uma tabela com regras e fórmulas mágicas para uma vida cristã bem sucedida, como por exemplo – participe de campanhas de fé, aprenda o principio da sacrifício, ou acorde com pensamentos positivos, e sua vida mudará. Nem sempre é isto que o coração precisa em circunstâncias inusitadas. A vida com Deus é mais que um conjunto de regras morais e religiosos. É um eterno aprendizado de renúncia que resulta em satisfação, vida abundante em meio a decepção, esperança mesmo em meio a tribulação, fé mesmo quando tudo é aflição, alegria permanente em meio a contradição, cumprindo assim, aquilo que Paulo (o apóstolo) disse – “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.”



De modo que, Evangelho é mais do que, mimos, conforto, ou ausência de problemas, mas antes, o Evangelho de Jesus Cristo, é vida e salvação em meio à morte e perdição.

  fonte: http://artigos.gospelprime.com.br/desmascarando-o-evangelho-de-mimos-e-afagos/

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O medidor de Bondade!!


Verdadeiro, Lindo!!!!

Apascentando ovelhas ou entretendo bodes?


Por Diogo Camilo,







A graça e paz amados,

Como ministros, confiados ao privilégio de sermos anunciadores das boas novas de Deus, devemos nos atentar as palavras abaixo de Charles Haddon Spurgeon 1834-1892 ( Pastor da Igreja Batista em Waterbeach, Inglaterra).

Não sou Deus pra julgar corações, mas sou são o suficiente para saber que em nenhum momento da história do mundo se fez tanta riqueza e se proporcionou tanto entretenimento na amada igreja do Senhor Jesus, esta comprada a preço de sangue inocente de Deus. E se eu não conheço outros corações, eu conheço o meu. E por conhecer um pouco do meu, eu posso dizer que a tentação em proporcionar um espetáculo que venda, ao invés de compor uma ministração que exalte ao Senhor, é presente e real. Nossa motivação deve ser a Glória de Deus! Nossa preocupação deve ser equipar o povo de Deus de maneira que isso ajude o povo a se manter santo e irrepreensível aos olhos do SENHOR!!!


por: Charles Haddon Spurgeon (1834-1892)

"Um mal acontece no arraial professo do Senhor, tão flagrante na sua impudência que até o menos perspicaz dificilmente falharia em notá-lo. Este mal evoluiu numa proporção anormal, mesmo para o erro, no decurso de alguns anos. Ele tem agido como fermento até que a massa toda levede. O demônio raramente fez algo tão engenhoso quanto insinuar à igreja que parte de sua missão é prover entretenimento para o povo visando alcançá-lo.  A Igreja, gradualmente, baixou o tom do seu testemunho e também tolerou e desculpou as leviandades da época. Depois, ela as consentiu em suas fronteiras. Agora, ela as adota sob o pretexto de alcançar as massas.
Meu primeiro argumento é que promover o entretenimento ao povo, em nenhum lugar das Escrituras, é mencionado como uma função da Igreja. Se fosse obrigação da Igreja, por que Jesus Cristo não falaria dele? “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda a criatura” (Luc.16:15). Isto é suficientemente claro. Assim também seria, se Ele adicionasse “e provenham divertimento para aqueles que não tem prazer no evangelho”. Tais palavras, entretanto, não são encontradas. Nem parece ocorrer-lhe. Em outra passagem encontramos: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres.”(Ef.4:11). Onde entraram os animadores? Os profetas foram perseguidos por agradar as pessoas ou por oporem-se a elas?
Em segundo lugar, prover distração está em direto antagonismo ao ensino e vida de Cristo e seus apóstolos. Qual era a posição da Igreja para com o mundo? “Vós sois o sal da terra”(Mat.5:13), não o doce açúcar – algo que o mundo irá cuspir, não engolir. Que seriedade impressionante! Cristo poderia ter sido mais popular, se tivesse introduzido mais brilho e elementos agradáveis a sua missão, quando as pessoas O deixaram por causa da natureza inquiridora do seu ensino. Porém, eu não O escuto dizer: “Corre atrás deste povo Pedro. E diga-lhes que teremos um estilo diferente de culto da manhã; algo curto e atrativo, com uma pregação bem pequena. Teremos uma noite agradável para eles. Diga-lhes que, por certo, gostarão. Seja rápido, Pedro, nós devemos alcançá-los de qualquer jeito!”

Jesus compadeceu-se dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca pretendeu entretê-los." ( Escrito a mais de 200 anos aproximadamente)


Que o Senhor nos livre deste mal em nossos dias, nos guardando debaixo de suas poderosas asas de misericórdia, e tornando-nos valentes que lutam contra este plano maligno sobre nossa igreja...

Abraços fortes,

em amor,