segunda-feira, 2 de abril de 2012

O que acontece no meio

Boa tarde Queridõessss,

 

Recebi este texto da autora Martha Medeiros em meu e-mail e acho muito frutífiro em nossa peregrinação Cristã... Leia atentamente com um olhar espiritual e veja Deus falando também através de Martha Medeiros...

 

Abraços fraternos,




O que acontece no meio






Vida é o que existe entre o nascimento e a morte. O que acontece no meio é o que importa.

No meio, a gente descobre que sexo sem amor também vale a pena, mas é ginástica, não tem transcendência nenhuma.

Que tudo o que faz você voltar pra casa de mãos abanando (sem uma emoção, um conhecimento, uma surpresa, uma paz, uma ideia) foi perda de tempo.

Que a primeira metade da vida é muito boa, mas da metade pro fim pode ser

ainda melhor, se a gente aprendeu alguma coisa com os tropeços lá do início.

Que o pensamento é uma aventura sem igual. Que é preciso abrir a nossa caixa

preta de vez em quando, apesar do medo do que vamos encontrar lá dentro.

Que maduro é aquele que mata no peito as vertigens e os espantos.

No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que

estejam acontecendo do que com as que acontecem de fato. Que amar é lapidação,

e não destruição. Que certos riscos compensam – o difícil é saber previamente quais.

Que subir na vida é algo para se fazer sem pressa.

Que é preciso dar uma colher de chá para o acaso. Que tudo que é muito rápido

pode ser bem frustrante. Que Veneza, Mykonos, Bali e Patagônia são lugares

excitantes, mas que incrível mesmo é se sentir feliz dentro da própria casa.

Que a vontade é quase sempre mais forte que a razão.

Quase? Ora, é sempre mais forte.

No meio, a gente descobre que reconhecer um problema é o primeiro passo

para resolvê-lo. Que é muito narcisista ficar se consumindo consigo próprio.

Que todas as escolhas geram dúvida, todas. Que depois de lutar pelo direito

de ser diferente, chega a bendita hora de se permitir a indiferença.

Que adultos se divertem muito mais do que os adolescentes. Que uma perda,

qualquer perda, é um aperitivo da morte – mas não é a morte, que essa só

acontece no fim, e ainda estamos falando do meio.

No meio, a gente descobre que precisa guardar a senha não apenas do banco

e da caixa postal, mas a senha que nos revela a nós mesmos. Que passar pela

vida à toa é um desperdício imperdoável. Que as mesmas coisas que nos

exibem também nos escondem (escrever, por exemplo).

Que tocar na dor do outro exige delicadeza. Que ser feliz pode ser uma decisão,

não apenas uma contingência. Que não é preciso se estressar tanto em busca

do prazer, há outras coisas que também levam ao êxtase: um poema, um gol,

um show, um beijo.

No meio, a gente descobre que fazer a coisa certa é sempre um ato revolucionário.

Que é mais produtivo agir do que reagir. Que a vida não oferece opção: ou você

segue, ou você segue. Que a pior maneira de avaliar a si mesmo é se comparando
com os demais. Que a verdadeira paz é aquela que nasce da verdade.

E que harmonizar o que pensamos, sentimos e fazemos é um desafio que leva uma

vida toda, esse meio todo.




por MARTHA MEDEIROS



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Um forte abraço, que o Senhor te abençoe

Fiquemos com Ele..

Diogo Camilo